Ex-presidente responde se concorrerá na eleição da associação do Coritiba
Presidente do Coritiba entre 2002 e 2007, Giovani Gionédis é um nome que sempre vem à tona em época de eleição no Coxa. Não é diferente neste ano, no primeiro pleito alviverde dentro da "Era SAF", cuja votação está marcada para 27 de dezembro.
Até aqui, dois grupos políticos sondaram Gionédis para concorrer ao cargo de presidente da associação coxa-branca, que é dona de 10% das ações do Coritiba – a Treecorp Investimentos detém os outros 90%.
A movimentação para a formação de chapas e possíveis candidaturas ainda é inicial, visto que o regulamento da eleição foi publicado somente na última segunda-feira (28). De qualquer forma, o ex-dirigente garante que está fora da disputa.
"Evidente que como ex-presidente e conselheiro nato do Coritiba, a gente sempre vive os problemas do clube, porque o clube é uma coisa de sentimento. E como ex-presidente você sempre é procurado pelas várias 'facções'. Eu tenho uma opinião própria, eu acho que o Coritiba precisa de unidade", revela, em entrevista ao UmDois Esportes.
"Acho que tem que haver uma unidade de pensamento, as correntes políticas devem tentar buscar entendimento para que se tenha uma chapa única que vise o bem do Coritiba", completa o ex-presidente.
Além de Gionédis, outro nome sondado para uma possível candidatura à presidência do Alviverde foi o do ex-procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Paraná Olympio de Sá Sotto Maior Netto, conselheiro vitalício da associação. No entanto, em contato com a reportagem, ele descartou a possibilidade de se candidatar.
Ex-presidente do Coritiba é a favor de chapa única
As eleições do Coxa acontecem depois que os sócios rejeitaram a proposta do novo estatuto da associação do clube, com mais de 80% de votos contrários à alteração. A rejeição se deu em um momento em que os torcedores estão decepcionados com o desempenho do time dentro de campo, o que faz com que a candidatura de oposição, teoricamente, ganham força.
No entanto, Gionédis explica por que prefere uma união dos ideais políticos dentro do clube.
"A guerra numa eleição dessa não sei se trará benefícios ao Coritiba ou à própria SAF. O que tem que haver é uma eleição tranquila, a composição de uma nova diretoria, uma alteração estatutária que é necessária em virtude da nova realidade do Coritiba. E precisa, isso sim, de cobrança, de modo pacífico e ordeiro junto à SAF para que se apresente os resultados que foram prometidos", afirma
"Eu, pessoalmente, sou favorável a uma composição de chapas. Já conversei com pessoas de ambos os lados e sempre transmiti essa opinião de que para reinar a paz no Coritiba é preciso primeiro haver uma composição das forças que estão no poder e das forças que estão na oposição para que o clube possa retornar à posição de destaque nacional", destaca o ex-presidente.
Gionédis votou a favor da SAF em 2023, mas criticou condução
O ex-dirigente foi um dos que votou a favor da transformação do Coritiba em SAF em 2023. Em junho daquele ano, pouco antes do processo ser concluído, Gionédis criticou a condução da transformação, em entrevista ao UmDois.
"Eu votei favoravelmente, mas entendo que o assunto poderia ter sido conduzido de forma diferente. Oito mil votos é até maior que uma eleição municipal, votação muito expressiva. Mas a diretoria que está lá optou por essa forma e foi feito. Na eleição, fizeram promessas de campanha e depois fizeram contratações que não surtiram resultado. Não sou eu que digo, a torcida diz [...]", disse, na época.
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